Marina Silva e Sônia Guajajara lideram marcha na COP 30
Escrito por Jornalismo Nativa em 16 de Novembro, 2025
A Marcha Global pelo Clima mobilizou, no sábado (15), cerca de 50 mil pessoas em Belém, no maior ato popular da COP-30. A manifestação saiu do Mercado de São Brás em direção à Aldeia Cabana, reunindo movimentos sociais, povos indígenas, quilombolas e ambientalistas.
As ministras Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, abriram o protesto com discursos voltados à urgência climática. Marina destacou que o Brasil possui um plano rumo ao desmatamento zero e defendeu “a criação de um mapa do caminho para o fim do uso dos fósseis”. Ela também afirmou que o presidente Lula encara a mobilização popular como parte da “COP da verdade”.
Sônia Guajajara reforçou o protagonismo indígena ao afirmar que “a Zona Azul da ONU é aqui”, em referência às manifestações próximas à área restrita da conferência. O ato foi marcado pela presença de lideranças indígenas de diversos países.
Entre elas, George Auankaroe, do Suriname, afirmou: “A COP-30 é uma oportunidade para que possamos levar nossa voz aos líderes globais”. Já a ativista argentina Anabella Rosemberg criticou seu país: “A Argentina é uma barreira para negociação climática, para justiça climática”.
Um coletivo dinamarquês apresentou a escultura “A praga laranja”, retratando o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as costas de uma pessoa. O artista Lasse Galschiot afirmou: “Temos que estar juntos para nos opor a Trump. Ele é um idiota, que não deveria governar o mundo”.
A líder indígena Val Eloy Terena destacou a defesa da demarcação de terras: “Sem demarcar nossos territórios, não há como falar de clima”. O artesão Jamaica relatou que vendeu 20 pares de brincos em uma hora e avaliou: “A COP-30 está ajudando a população a se atualizar sobre o que acontece no mundo”.
(Com informações do Estado de S. Paulo)
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