Acusado de matar companheiro em garimpo se entrega
Escrito por Jornalismo Nativa em 2 de Novembro, 2025
Após quatro anos de impunidade, a prisão de Antônio Souza, conhecido como “Toninho”, reacendeu a esperança de justiça no caso do assassinato do ex-servidor público Robson Batista de Oliveira, o “Robinho”, morto de forma covarde em um garimpo localizado na reserva indígena Kayapó, no município de Cumaru do Norte, no sul do Pará.
O crime, ocorrido há quatro anos, abalou familiares, amigos e toda a comunidade de Redenção, onde Robinho era bastante conhecido e respeitado. Desde então, os parentes cobravam das autoridades a punição do responsável pelo homicídio, que até então seguia foragido.
A reviravolta no caso aconteceu na semana passada, quando Toninho se apresentou voluntariamente na Delegacia de Polícia Civil de Redenção, acompanhado de um advogado. Ele acreditava que, por comparecer espontaneamente, responderia ao processo em liberdade. No entanto, o delegado de plantão, ao consultar o sistema, constatou que havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.
Diante da descoberta, o delegado deu voz de prisão ao acusado, que foi conduzido ao presídio de Redenção, onde permanecerá à disposição da Justiça. A prisão encerra um longo período de incertezas e traz um alento à família de Robinho, que há anos clama por justiça.
O crime que chocou a região
Segundo o relato de testemunhas, Robson e Toninho, que eram ex-cunhados e trabalhavam juntos no mesmo barranco do garimpo Maria Bonita, tiveram uma discussão. Movido pela raiva, Toninho teria esperado o momento em que Robinho desligava o gerador de energia e disparou um tiro à queima-roupa, atingindo o peito da vítima, que morreu nos braços do próprio filho, também garimpeiro.

O ex-servidor público Robson Batista de Oliveira, o “Robinho”, morto de forma covarde em um garimpo localizado na reserva indígena Kayapó | Divulgação
A brutalidade do crime e a demora na prisão do acusado provocaram forte indignação em Redenção e região. Robinho era membro de uma família tradicional e pioneira no município, com vários familiares atuando como servidores públicos, principalmente na área da educação.
Com a prisão de Toninho, os familiares de Robinho acreditam que, finalmente, o caso seguirá para julgamento e que a justiça será feita.
Diário do Pará
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