Veja quais são as mesorregiões do Pará em estado de emergência
Escrito por Jornalismo Nativa em 4 de Março, 2025
Medida do Ministério do Ambiente detalha as regiões do país que estarão em estado de emergência em períodos específicos e permite a contratação de brigadistas especializados em biomas
O governo federal decretou estado de emergência em áreas mais vulneráveis a incêndios florestais por meio de uma portaria publicada nesta sexta-feira (28). No Pará, a medida abrange as mesorregiões Baixo Amazonas, Sudeste, Sudoeste, Nordeste, Marajó e Metropolitana de Belém. O documento do Ministério do Meio permite a elaboração de ações preventivas de combate ao fogo. Além disso, a medida especifica os períodos em que cada região do país permanecerá em estado de emergência, de acordo com o risco de queimadas.
O estado de emergência no Pará abrangerá diferentes períodos, conforme a região. Nas mesorregiões Baixo Amazonas, Sudeste e Sudoeste, a medida valerá de maio a dezembro de 2025. Já nas mesorregiões Marajó e Metropolitana de Belém, o prazo será de junho a dezembro do mesmo ano. Na mesorregião Nordeste, o estado de emergência se estenderá de junho de 2025 a janeiro de 2026.
A medida permite a contratação de brigadistas especializados em biomas — como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território —, para que possam contribuir efetivamente com as ações de prevenção às queimadas.
“Teremos pela primeira vez um planejamento estratégico faseado ao longo do ano considerando evolução do clima e risco de incêndio”, afirmou o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Reforço na proteção
O governo também anunciou um aumento no número de brigadistas que estarão atuando no combate ao incêndio, com mais de 4,6 mil profissionais. O número representa um aumento de 25% em relação ao ano passado.
Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, afirmou que a portaria especifica as ações que serão tomadas por região e prazo e que as ações serão realizadas de forma integrada com outros órgãos e governos estaduais.
“A ideia é que a estratégia seja integrada. Estamos trabalhando de forma muito intensa a integração com órgãos ambientais. Ibama e ICMBio atuam em áreas federais, mas o fogo não tem dono […]. Agimos em áreas fora da competência legal porque o patrimônio precisa ser preservado”, afirmou Agostinho.
Segundo o MapBiomas, em 2024, mais de 30,8 milhões de hectares foram queimados no Brasil entre janeiro e dezembro de 2024, área maior que todo o território da Itália. O número representa um aumento de 79% em relação a 2023, sendo a maior área queimada registrada desde 2019.
Fonte: O Liberal