Suspeita de mandar matar empresários foi ao velório das vítimas
Escrito por Jornalismo Nativa em 18 de Junho, 2025
A advogada Fernanda Morales Teixeira Barroso, presa em São Carlos (SP) sob suspeita de mandar matar os empresários José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari, em São Pedro (SP), chegou a comparecer ao velório das próprias vítimas.
“Chorei, me deu raiva, uma agonia. Eu espero por justiça, não foi um crime assim de nervoso, de briga, de nada, foi um crime premeditado, que eles premeditaram há muito tempo.”, disse um familiar das vítimas.
José Eduardo, de 69 anos, e Rosana, de 61, foram encontrados mortos dentro de um veículo Fiat Toro em uma chácara na serra de São Pedro, em abril deste ano. José Eduardo estava com as mãos amarradas, e o corpo de Rosana foi localizado na caçamba do carro.
Fernanda e Hércules Barroso, que atuavam como advogados do casal há mais de 10 anos, foram presos na terça-feira, dia 17 de junho. A Polícia Civil também deteve os dois suspeitos de executarem o crime: Carlos César Lopes de Oliveira, conhecido como Cesão, de 57 anos, e Ednaldo José Vieira, o Índio, de 54, nas cidades de São Carlos e Praia Grande.
Motivação
Segundo a investigação, o principal motivo do crime seria a apropriação dos bens do casal, estimados em cerca de R$ 12 milhões em imóveis, além de mais de R$ 2,8 milhões pagos a título de supostos custos processuais — valores que, segundo a polícia, seriam indevidos.
Suspeita procurou a família
O irmão de Rosana relatou que, após o velório, Fernanda chegou a procurá-lo, mas ele não conversou com ela. Segundo ele, a advogada teria falado com uma funcionária de uma das empresas das quais Rosana era sócia, solicitando uma visita ao local. O pedido foi negado. Na semana seguinte, a delegada responsável pelo caso iniciou as investigações e recolheu os HDs da empresa.
Defesa dos advogados
Artigos Relacionados O advogado de defesa de Fernanda e Hércules, Reginaldo Silveira, afirmou que “trata-se de um caso muito curioso, tendo em vista que as provas são frágeis, inclusive no que diz respeito à indicação do homicídio”.
“Havia uma relação entre as partes, uma relação de escritório de advocacia, em que os honorários eram pagos com imóveis, não em dinheiro. Vamos conseguir provar a inocência do casal. Agora começa a fase de depoimentos, e vamos demonstrar que a única relação existente era a de advogado e cliente, nada além disso”.
Fonte: portal g1