17 são denunciadas à Justiça por associação criminosa

Escrito por em 1 de Agosto, 2025

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) denunciou 17 pessoas pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e outros delitos. Os investigados têm vínculos com a facção criminosa Amigos do Estado (ADE), originária de Goiás e com atuação em diversos estados, como Tocantins, Bahia, Pará e outros.

As investigações apontam que o grupo utilizava pistas de pouso localizadas em fazendas nos municípios de Formoso do Araguaia e Almas, no Tocantins, como rota para o transporte aéreo de entorpecentes.

“Rota Caipira” e logística no Tocantins

Sobre a presença da facção no estado, a denúncia do Gaeco/MPTO detalha:

“Embora sua atuação seja na região metropolitana de Goiânia, a organização possui capilaridade em diversos estados brasileiros e passou a utilizar o Tocantins como ponto logístico intermediário para se distanciar das forças policiais goianas. Essa estratégia se insere na chamada ‘Rota Caipira’, um importante corredor aéreo para o tráfico de cocaína que abrange o interior paulista, o Triângulo Mineiro, o sul goiano e também o território tocantinense”.

As apurações também identificaram quatro empresas de fachada ligadas ao esquema, que movimentaram quase R$ 64 milhões em apenas seis meses.

Os denunciados participaram das atividades criminosas entre dezembro de 2023 e maio de 2025. Eles são domiciliados nas cidades de Aparecida de Goiânia (GO), Goianira (GO), Goiânia (GO), Imperatriz (MA) e Xinguara (PA) – nenhum deles reside no Tocantins.

A denúncia foi protocolada pelo Gaeco em 14 de julho e recebida pela Justiça em 23 de julho, tramitando na Vara Criminal de Dianópolis. O caso foi investigado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO).

Como começou a investigação

As investigações foram iniciadas em 10 de abril de 2024, quando o condutor de uma Toyota Hilux desobedeceu à ordem de parada em uma barreira da Polícia Militar, na divisa entre o Tocantins e a Bahia. Após perseguição, o veículo foi interceptado e o motorista detido. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto expedido pela 3ª Vara de Execuções Penais de Goiânia.

Chamou atenção dos policiais o reboque acoplado à caminhonete, que carregava aproximadamente mil litros de querosene de aviação, sem nota fiscal. A carga teria sido adquirida por R$ 14,2 mil em Luís Eduardo Magalhães (BA). No veículo também foram encontrados objetos de alto valor ainda lacrados, como drone, celulares e relógios de marca.

A caminhonete estava registrada em nome do passageiro, que se identificou como vaqueiro, com renda de R$ 4 mil mensais. Ele também foi preso.

Crimes imputados

A denúncia do Gaeco/MPTO atribui aos investigados os crimes de:

  • Organização criminosa
  • Lavagem de dinheiro
  • Tráfico de drogas
  • Financiamento ao tráfico
  • Falsificação de documento público

As investigações seguem em andamento.


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