Menina morreu após agressão no pescoço
Escrito por Jornalismo Nativa em 6 de Julho, 2025
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte de Maria Ísis, de apenas 5 anos, foi uma fratura na cervical provocada por ação contundente — ou seja, uma quebra na região do pescoço causada por um objeto duro ou pancada violenta. O padrasto José Jailson de Menezes Silva, principal suspeito do crime, está preso preventivamente. A vítima morreu no dia do próprio aniversário, em Trizidela do Vale, no Maranhão.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Maria Ísis apresentava marcas de agressão por várias partes, além de lesões na cabeça. O caso é tratado como feminicídio com indícios de violência doméstica e maus-tratos.
A mãe da menina, Maria das Graças da Conceição Souza, é investigada por possível omissão. A Polícia Civil suspeita que as agressões já vinham acontecendo há pelo menos sete meses, período em que José Jailson convivia com a mãe da vítima. A mãe e o padrasto negam envolvimento no crime.
No dia do crime, José Jailson fugiu logo após deixar a menina no hospital. O homem saiu da unidade dizendo que a mãe dela chegaria para acompanhá-la. A criança não resistiu e morreu no hospital.
Maria Ísis morreu no dia do seu aniversário, quando estava completando os cinco anos de idade. O caso chocou e revoltou a população da região.
A polícia realizou perícia na residência da família em busca de evidências sobre qual objeto foi utilizado para agredir a criança. A investigação segue em andamento.
Mãe e padrasto negam acusações
O padrasto José Jailson de Menezes Silva está preso preventivamente. A mãe, Maria das Graças da Conceição Souza, é investigada por omissão
José Jailson de Menezes Silva e Maria das Graças da Conceição Souza passaram por audiência de custódia no dia 28 de junho e se declararam inocentes das acusações. Durante a audiência, feita por videoconferência, José Jailson afirmou estar sendo acusado de um crime que não cometeu. Já a mãe da vítima alegou que havia saído de casa para comprar umas coisas e não viu a filha sendo agredida.
Porém, Maria confessou em depoimento à Polícia Civil, que presenciou as agressões cometidas pelo companheiro contra a filha. Além disso, a defensora pública Laynara Karoline Costa Holanda Silva, responsável pela defesa de Maria das Graças, disse na audiência de custódia que durante entrevista, a mãe da vítima afirmou ter tentado impedir que a filha fosse agredida, mas acabou também sofrendo agressões do companheiro, além de ser ameaçada de morte.
No entanto, a juíza plantonista Barbara Silva de Oliveira Aneth, que presidiu a audiência, afirmou que o exame de corpo de delito não apontou qualquer lesão no corpo de Maria das Graças, refutando as alegações dela de que teria sido agredia pelo companheiro.
Quanto a José Jailson, a defensora pública Laynara Karoline declarou que ele afirmou, em entrevista pessoal, que quem matou Maria Ísis foi a própria mãe da menina.
Na audiência, José também relatou que já tinha passagem pela polícia, por agredir uma pessoa na cidade de Igarapé Grande. Segundo dados do Tribunal de Justiça do Maranhão, o caso aconteceu em 2021, quando José foi autuado por lesão corporal contra uma pessoa menor de idade e com deficiência física.
Maria das Graças da Conceição Souza foi presa na sexta-feira (27), após confessar em depoimento que presenciou as agressões cometidas pelo companheiro contra a filha. Já José Jailson de Menezes Silva foi preso no sábado (28), em Trizidela do Vale.