Ovo envenenado: acusada tem exame de sanidade mental negado
Escrito por Jornalismo Nativa em 16 de Julho, 2025
A Justiça do Maranhão negou o pedido da realização de um exame de sanidade mental em Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, acusada de envenenar um ovo de Páscoa que resultou na morte de duas crianças e deixou a mãe deles internada em estado grave em Imperatriz. O caso aconteceu em abril deste ano.
O pedido havia sido feito pela defesa da acusada e foi negado durante a primeira audiência de instrução do caso realizada nessa segunda-feira (14), no Fórum Henrique de La Roque Almeida, em Imperatriz, no Maranhão.
De acordo com o juiz, não há sinais de que Jordélia Pereira não possa responder pelos próprios atos. Ela é acusada de duplo homicídio e de tentativa de homicídio. A tragédia vitimou Evely Fernanda, de 13 anos, e seu irmão Luiz Fernando, de 7 anos. Eles são filhos de Mirian Lira, que também comeu o doce e chegou a ficar internada.
Relembre:
Em depoimento, Jordélia admitiu mais uma vez que comprou o ovo de chocolate e enviou à Miriam Lira, uma das vítimas, mas negou que teria envenenado o doce e atribuiu a culpa a terceiros. A versão foi considerada infundada pela Justiça do Maranhão.
Vítima e testemunhas são ouvidas
Mirian Lira, uma das vítimas do crime, participou da audiência de forma virtual. Em depoimento, ela alegou que vinha recebendo ameaças desde quando iniciou um relacionamento com o ex-marido de Jordélia.
O mototaxista que fez a entrega do ovo de chocolate na casa das vítimas também participou da audiência de forma virtual. Além dele, o irmão de Mirian e colegas de trabalho dela também prestaram seus depoimentos.
Investigações
As investigações apontam a partir de resultados de exames que confirmaram a presença de chumbinho nos ovos de chocolate enviados a Miriam, assim como as ameaças recebidas por mensagens, estão entre as provas analisadas no processo.
Jordélia está presa na unidade prisional feminina em São Luís desde o dia 17 de abril. Ela é acusada de duplo homicídio e tentativa de homicídio qualificado por envenenamento. De acordo com a investigação, o crime foi motivado por vingança.
No momento da prisão, Jordélia confessou que enviou o chocolate à família, mas negou o envenenamento.