Sonia Guajajara receberá título de honraria
Escrito por Jornalismo Nativa em 26 de Maio, 2025
O título de doutor honoris causa é o mais importante concedido pela Uerj. A cerimônia de entrega acontecerá abertamente ao público, às 16h da próxima quarta, no Teatro Odylo Costa Filho, localizado no Campus Maracanã.
Na próxima quarta-feira (28), a maranhense Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas do Brasil, irá receber o título de doutora honoris causa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Esta é a primeira vez que uma universidade brasileira concede sua mais alta honraria para uma pessoa indígena.
A cerimônia de entrega acontecerá abertamente ao público, às 16h da próxima quarta, no Teatro Odylo Costa Filho, localizado no Campus Maracanã.
O título de doutor honoris causa é o mais importante concedido pela Uerj. A honraria pode ser atribuída a personalidades nacional, eminente ou estrangeira, que tenham sido importante de forma singular por sua contribuição à humanidade, à educação ou à cultura.
De acordo com o relatório que definiu a decisão do conselho, a homenagem à ministra “permite reconhecer o conhecimento indígena como um saber autêntico e extremamente importante para o povo brasileiro”.
Ativismo
“Sonia Guajajara é uma ativista reconhecida internacionalmente. Desde que assumiu o ministério tem atuado pela demarcação de terras indígenas e lutado contra o desmatamento que afeta essas comunidades”, afirma a Uerj.
Dentro do contexto acadêmico, Sonia tem graduação em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão e pós-graduação em Educação Especial.
Em 2024, a ministra foi ganhadora do Prêmio Campeões da Terra 2024, maior honraria do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), na categoria Liderança Política.
No ano de 2022, foi escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do ano pela revista Time. Também atuou em inúmeras organizações indígenas, como a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e foi coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).