Autorizada investigação de ameaças contra Flávio Dino

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, incluiu no inquérito das milícias digitais as ameaças ao ministro Flávio Dino pelo voto que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado.

Moraes determinou que as plataformas Meta, TikTok, X e YouTube forneçam em 48 horas dados de dezenas de perfis que teriam feito os ataques. O inquérito investiga a suposta atuação de uma organização criminosa que age nas redes sociais contra as instituições, a democracia e coage integrantes do STF.

Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF).

Segundo a PF, as publicações constituem ameaças dirigidas a Flávio Dino e ao delegado Fábio Shor, com potencial intimidatório para constranger o exercício da função pública e romper o debate abstrato, configurando uma perseguição concreta.

“Tais comportamentos têm o condão de causar temor real nas vítimas e, consequentemente, obstaculizar o desempenho independente e imparcial de suas funções enquanto agentes públicos“, disse a PF.

Entre as postagens identificadas pela PF estão ameaças de morte ao ministro, ataques a familiares e xingamentos. Moraes concordou com a PF: “Do exame dos fatos, verifico que estão abrangidos pelo objeto da investigação”. Foram compiladas mais de 50 publicações feitas por diferentes pessoas nas referidas redes sociais.